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Pós-pandemia: retomada do uso do salto alto pode ocasionar problemas nos pés

11/04/2022

Especialista da ABTPé explica problemas e dá orientações para evitá-los

 

Quando a pandemia da Covid-19 se instalou, muitos hábitos mudaram. O isolamento social nos fez ficar mais em casa, aderir aos estudos à distância, ao home office e, com isso, as mulheres, por exemplo, abandonaram o uso frequente do salto alto. Agora, com a retomada gradual das atividades, o calçado volta a fazer parte da composição do visual, porém, o uso prolongado pode ocasionar problemas nos pés.

“Esse tipo de sapato altera a maneira da pessoa andar e altera a distribuição de carga do corpo, o que pode levar ao desenvolvimento de calosidades plantares e da metatarsalgia, dor que acomete a região abaixo dos dedos, além de estar associado ao aparecimento do joanete”, fala o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), Luiz Carlos Ribeiro Lara.

O joanete, por exemplo, que se trata de saliência óssea que pode causar dor para caminhar e/ou ao utilizar calçados fechados, atinge 30% da população, sendo 10 vezes mais comum em mulheres - média de nove casos entre o público feminino para cada homem. “Ao colocar uma carga muito pesada na frente dos pés, as articulações começam a ser esmagadas e afastadas. Em função disso, os dedos apertados começam a desviar para fora, formando o joanete e, quanto mais estreito for o salto na parte da frente, pior para formar o joanete”, completa.

Esses calçados proporcionam alterações biomecânicas significativas. Com saltos a partir de 4 centímetros, a região anterior do pé sofre com pressões acima de 50%. “Conforme a altura do salto aumenta, todo peso do corpo se concentra apenas nos metatarsos, chegando a uma pressão de 100%”, salienta o presidente da ABTPé.

Para as mulheres que não abrem mão de usar salto frequentemente, o especialista lembra que não existe um sapato nesse formato que seja totalmente confortável. Por esse motivo, a recomendação é alternar o tamanho e formato do salto, ou usar sapatos plataforma, sempre que possível, uma vez que o peso do corpo é melhor distribuído nesse modelo. “Saltos com menos de 3 centímetros são os mais recomendados para o dia a dia. Acima disso, qualquer sapato já é considerado prejudicial”, conclui.

 

Sobre a ABTPé

A Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) foi fundada em 1975 com a missão de unir a classe médica na especialidade, além de estimular o intercâmbio de informações científicas, fomentando a educação continuada entre os especialistas de pé e tornozelo no Brasil. Também tem a responsabilidade de esclarecer a população sobre os temas relacionados à especialidade.

A ABTPé está à disposição para informações e entrevistas sobre a saúde e cuidados com os tornozelos e pés, trazendo esclarecimentos sobre diversos temas, como acidentes nos esportes com lesões, acidentes domésticos com lesões, deformidades, pé diabético, cuidados com o uso de saltos altos, joanetes, fascite plantar, cirurgia plástica nos pés, esporão do calcâneo, calos e calosidades, metatarsalgia, neuroma de Morton, gota, artrite, entorse, fraturas, entre outros.

 

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